O Governo do Estado estuda a construção de uma autopista no trecho de serra do mar, interligando os municípios de Itanhaém e Parelheiros, em São Paulo. Tanbém não está descartado a utilização do anel viário de SP para viabilização do projeto, muito desejado por alguns setores e defendido publicamente por autoridades do legislativo e executivo. Entretanto, a questão gera polêmica entre os segmentos da sociedade itanhaense. Num primeiro momento, temos que nos posicionar contrários a essa idéia, salvo algumas disposições que abordaremos adiante. Entre a primeira hipótese e a segunda idéia, ficamos com esta. Não podemos esquecer que, além do impacto ambiental, causado pelas ocupações ilegais no entorno da obra, e pela construção da rodovia em si, Itanhaém e Parelheiros serão alvo de especulação imobiliária, com loteamentos clandestinos, ocupações ilegais e massificação da população fixa residente e flutuante. Neste novo contexto, haverá carência nos serviços públicos oferecidos, desde a SEGURANÇA PÚBLICA, SAÚDE, SANEAMENTO BÁSICO, COLETA E DESPEJO DE RESIDUOS SÓLIDOS, EDUCAÇÃO, TRANSPORTE, etc. Diferentemente, uma rodovia planejada, moderna, composta de restrições quanto a instalação de serviços a sua margem e outdors de propaganda, edificada por uma única via com 3 a 4 pistas, com inversão de mãos em seu tráfego, sem a presença de veículos comerciais como ônibus e caminhões, e perfilada a uma ciclovia e controlada, permitiria uma redução dos custos de implantação e impacto ambiental menor, uma vez coligada ao techo norte e sul do rodoanel de SP. ITANHAÉM precisa de um grande debate público junto a sua sociedade, para que possamos continuar afirmando que ITANHAÉM é PEDRA que CANTA, e não PEDRA que CHORA. Não somos contra o progresso, mas defendemos um crescimento SUSTENTÁVEL.
Relembrando, na década de 80 um projeto do govenador do Estado de São Paulo defendia o prolongamento da BR 101 pelo litoral do Paraná e São Paulo. Zwarg lutou contra a implantação e a execução do projeto. Na foto, um viaduto de 110 metros construído com dinheiro público e abandonado no trecho de cachoeira dentro da área da mata atlântica, reserva da Juréia-Itatins, na estrada que liga o município de PEDRO DE TOLEDO, no distrito de Tres Barras e o distrito do Despraiado, em IGUAPE. Não precisamos de uma Nova Imigrantes, ela já cumpre a sua função!
ITAMAR ERNESTO MARTINS ZWARG
PRESIDENTE
IEZ
O Instituto Ernesto Zwarg é uma instituição cultural não governamental, voltada aos assuntos relacionados ao meio ambiente, e que promove a educação ambiental, a preservação da natureza e a valorização das culturas caiçara, indígena e quilombola, apregoando o pacifismo, o direito à paisagem no exercício de ir e vir e de ir e ver, defendendo o crescimento sustentável e racional e a valorização do ser humano, elaborado com fundamento nas ideias e ideais do ambientalista Ernesto Zwarg.
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
RODOVIA ITANHAÉM-PARELHEIROS OU INTERLIGAÇÃO C RODOANEL?
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Dentre as obras do PAC-2, uma que deveria estar incluída e ser priorizada é ligação rodo ferroviária Parelheiros–Itanhaém/Peruibe, uma vez que o porto de Santos ultrapassou seu limite de saturação com filas de navios em de mais de 60 unidades, das quais podem ser avistados da Vila Caiçara em Praia Grande, além de que a Via Anchieta por ser a única via de descida permitida para ônibus e caminhões tem registrados congestionamentos e acidentes graves semanalmente, como este de hoje 22/02/2013 em que uma trompa d’agua na baixada paulista deixou o sistema Anchieta / Imigrantes em colapso, e o transito só foi restabelecido na madrugada do dia 24 seguinte, e em épocas de escoamento de safra também a Dom Domenico Rangoni (Piaçaguera–Guarujá) se torna congestionada diariamente, ao contrário da Manoel da Nóbrega, onde somente se fica com problemas em épocas pontuais na passagem de ano, ao porto de Santos, e os futuros portos de Itanhaém / Peruíbe.
ResponderExcluirA região tem duas opções, apoiar esta empreitada, ou continuar do jeito que esta, para tanto deveria haver um plebicito e a população deve ser consultada.
Desenvolvimento com políticas ambientais sustentáveis, não são coisas antagônicas. Qualquer pessoa com um mínimo de noções de ecologia sabe que investimentos em transporte, saneamento básico, urbanismo e infra-estrutura só trazem o progresso por onde passam. Os fatos refletem isto, o atual rodoanel sul não permite ligações periféricas secundária em seu contorno, e que atravessa inúmeros mananciais, e o futuro norte estão levando em conta estas importantíssimas questões. Com todo respeito, acreditar que o único caminho viável é deixarmos do jeito que está, é no mínimo falta de informação.
ResponderExcluirO Instituto I.A.Z. tem prestado um serviço exemplar ajudando na fiscalização e denuncias contra desmandos dos mananciais e meio ambiente.
A construção do Ferroanel de São Paulo – que vem se arrastando há anos, embora esta seja uma obra de grande importância para São Paulo e para o país – pode receber um grande impulso, se os governos federal e estadual, responsáveis por ela, chegarem a um acordo sobre uma proposta feita por este último.
ResponderExcluirSão Paulo se dispõe a elaborar o projeto executivo e a cuidar do licenciamento ambiental do Tramo Norte, entre Jundiaí e Itaquaquecetuba, ao custo estimado de R$ 15 milhões.
Deve ser ressaltada também a grande importância de uma ligação rodo ferroviária entre Parelheiros e Itanhaém para cargas e passageiros, o que poderá levar o presidente Bolsonaro e o governador Dória a acertarem em princípio a sua construção conjunta, deveria ser suficiente para fazer ambos dar novos passos nessa direção.
São patentes as dificuldades que a ausência do Ferroanel cria para o transporte de carga em direção ao Porto de Santos e de passageiros na região metropolitana de São Paulo geram o maior gargalo ferroviário do país. Hoje os trens de carga que se destinam àquele porto têm de utilizar linhas concomitantes com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que passam pela região central da capital. A concessionária que faz esse transporte só pode operar em períodos restritos, o que diminui sua eficiência e aumenta seu custo.
E a situação é agravada, porque, para aumentar sua capacidade de transporte de passageiros, a CPTM deseja diminuir o intervalo entre os seus trens. Suas razões para isso são técnicas, porque o sistema de transporte coletivo da Grande São Paulo, do qual ela é uma das responsáveis, ultrapassou o limite de sua capacidade e o número de passageiros continua aumentando. Se ela adotar aquele medida, haverá redução ainda maior da circulação dos trens de carga.
Só o Ferroanel, a começar pelo Tramo Norte, que tem de longe o maior potencial de transporte, poderá resolver o problema. Hoje, dos cerca de 2,5 milhões de contêineres que chegam anualmente ao Porto de Santos, apenas uma quantidade irrelevante 100 mil é despachada por trem, um meio de transporte mais rápido e econômico do que os caminhões. Com o Ferroanel, estima-se que o volume que por ele circulará chegue acima de um milhão de contêineres. Os benefícios para os setores mais diretamente ligados a essa atividade – produtores e transportadores – e para a economia do País como um todo serão enormes.
Ganhará também a capital e o litoral paulista, dos quais deixarão de circular cerca de 5 mil caminhões por dia, um alívio considerável para seu trânsito sempre congestionado.
Há razões fundamentadas para que a construção rodo ferroviária concomitantemente é mais racional e econômica, deve os responsáveis pelos governos federal e estadual a deixar de lado divergências políticas. Já passou da hora para que eles aproveitarem a ocasião para demonstrar que são capazes de colocar o interesse público acima de suas ambições políticas.