Representantes do IEZ visitam aldeia do Piaçaguera

O Instituto Ernesto Zwarg – IEZ realizou uma visita no último domingo, dia 28/8, à aldeia do Piaçaguera, localizada na divisa entre Itanhaém e Peruíbe. Cerca de 30 pessoas entre diretores, secretários, colaboradores e convidados do IEZ aproveitaram para participar do encerramento das festividades em comemoração ao 11º aniversário de fundação da aldeia e à tão aguardada demarcação dessa área indígena. A medida poderá proteger o local de uma devastadora exploração mineral e da implantação do projeto Porto Brasil. Tal projeto iria trazer destruição ambiental e degradação social às cidades de Itanhaém e Peruíbe, com grandes prejuízos ao turismo da região e, consequentemente, à qualidade de vida local.  

A aldeia do Piaçaguera foi fundada por índios tupi-guaranis, vindos da aldeia do Bananal, em Peruíbe, num importante área para a preservação da biodiversidade de Mata Atlântica local, sendo que é também um dos raros pontos remanescentes do nosso litoral em que a mata preservada da Serra do Mar atinge a faixa da praia. Ao lado dessa aldeia, está localizada a aldeia-irmã de Nhandú-Mirim, fundada mais recentemente. As duas aldeias estão localizadas exatamente na divisa dos municípios de Itanhaém e Peruíbe, no bairro Santa Cruz.  

As celebrações começaram na sexta, dia 26, com a presença de autoridades e indígenas de outras aldeias próximas e se encerraram no domingo, dia 28, com os Jogos indígenas.  

O grupo do IEZ foi recebido pela cacique Lílian e pelo pajé Guaíra, além da administradora Catarina e sua filha Fabíola. Além dos representantes da aldeia Nhamandu-Mirim – a ex-cacique Dora Dina, sua filha Itamirim e o pajé Pitotó. Foram lembrados os saudosos caciques Dialé e pajé Samuel, amigos do amibentalista Ernesto Zwarg. Após os depoimentos dos líderes indígenas, houve uma apresentação de parte do repertório do belíssimo CD “Kangwaá – cantando para Nhanderu”, produzido pela ONG Abaçaí Cultura e Arte.

O encontro terminou com uma dança entre os visitantes e os amigos indígenas. Na oportunidade, representantes do IEZ e da ACAI fizeram o convite oficial para a participação das aldeias na abertura do seminário do IEZ, que será realizado nos próximos dias 10 e 11 de setembro, em comemoração ao aniversário de um ano do Instituto.

Entre as reivindicações feitas pelos índios se destacaram a necessidade de construção de uma passarela ou passagem subterrânea ligando as duas aldeias, situadas em margens opostas da rodovia Padre Manoel da Nóbrega, devido à morte de quatro índios por atropelamento. E ainda a instalação de telas de proteção às margens da rodovia no pequeno trecho da mata, o que evitaria a morte de animais selvagens que atravessam a pista.  

Secretaria Indígena – O IEZ irá criar uma secretaria específica para questões indígenas, a ACAI também já anunciou uma diretoria ambiental. As duas entidades se comprometeram a encaminhar oficialmente tais reivindicações aos órgãos públicos competentes.    

Quem quiser adquirir o CD das canções indígenas deve entrar em contato diretamente com o pajé Guaíra pelos telefones (13) 9734.2454/9761.4655 ou com a cacique Lílian no tel. (13) 9115.5168. Já quem quiser visitar as aldeias e outros pontos ecoturísticos da região podem entrar em contato com o monitor ambiental Marcus Vinícius, no tel. (13) 9718.1872, da AMA Ecoturismo.

Texto: Nayara Martins e Marcio Zwarg

Fotos: Eduardo Liberti e Francesco Antonio

Show Antonio Bruno Zwarg

 

                                                                                                ANTONIO    BRUNO

ANTONIO BRUNO apresenta o show “Contrassenso”, interpretando canções de sua autoria gravadas por Maysa, Eliseth Cardoso, Isaura Garcia, Sylvio Caldas e Jamelão, entre outros e clássicos da MPB : Tom Jobim, Vinicius, Chico Buarque, Johnny Alf.

Pianista, acordeonista, compositor, arranjador e cantor; iniciou carreira na década de 50 na Rádio Record, foi vencedor do Festival da Canção da TV Tupi com 03 canções classificadas, tem perto de 200 canções gravadas por diversos intérpretes e grupos das décadas de 50, 60, 70 e 80, e sucessos nas vozes de Maysa, Sylvio Caldas, Eliseth Cardoso, Jamelão, Isaura Garcia, Claudette Soares, Agnaldo Rayol, Irmãs Castro, Irmãs Galvão e outros.  Atuou muitos anos nas principais casas de shows paulistanas, como A Baiúca, Bar Brahma, Hotel Comodoro, Planos Bar, Clube Paulistano, Harmonia de Tênis, Santo Colomba, Oásis, Bambu, João Sebastião Bar.

Atualmente grava seu primeiro CD individual com sucessos antigos e canções novas, junto a seu filho Moacyr Zwarg, pianista e arranjador.

Neste show acompanha-se ao teclado ou piano, com a participação de Maricéa no vocal, Ale Minuti ao violão e Gabriel Garret no baixo.

Seu trabalho está em www.antoniobrunorochazwarg.blogspot.com

GALERIA OLIDO: Av. São João,  473   - Centro – São Paulo

DIA 23/09 – SEXTA FEIRA - 17HS – ENTRADA FRANCA

             SHOW

                       C O N T R A S S E N S O

                       ANTONIO BRUNO

         Galeria Olido – dia 23 / 09 / 2011 – 17 h

      1) Contrassenso – Antonio Bruno(samba-canção)

     

      2) A Maior Graça – Antonio Bruno ( choro )

      3) Samba de Uma Nota Só – Tom Jobim e

           Newton Mendonça ( bossa )

      4) Eu Canto – Antonio Bruno ( samba canção )          

      5) Que Pena – Antonio Bruno ( samba canção )

      6) Mais Um Adeus - Toquinho e Vinícius

           ( samba )

      7) Solidão – Antonio Bruno ( samba-canção )

      8) Eu e a Brisa – Johnny Alf – instrumental

           ( bossa )

      9) Dark Skin – Antonio Bruno ( blues )

     10) Resposta (Tim tim por tim tim)– Antonio

            Bruno  e Folhetim – Chico Buarque (samba)

     11) Bahia Bahia – Antonio Bruno ( samba )

                                     ***

IEZ fará visita às aldeias neste domingo

No próximo domingo, dia 28/8, pela manhã, o Instituto Ernesto Zwarg – IEZ fará uma visita às aldeias de Nhamandú-Mirim e Piaçaguera, na divisa entre Itanhaém e Peruíbe, a cerca de 20 minutos de carro.

A aldeia de Piaçaguera está comemorando seu aniversário e estão programados diversos eventos culturais a partir desta sexta-feira. Segundo os organizadores da aldeia está prevista a participação de cerca de 300 índios. O evento se encerrará no domingo.

O pessoal do IEZ irá prestigiar o evento e aproveitar para levar aqueles que ainda não conhecem as aldeias, além de ratificar o convite feito anteriormente para a participação indígena no aniversário do IEZ, em setembro, cuja abertura será feita pelos guaranis. No local poderá ser visto e adquirido o artesanato indígena e o CD com as músicas gravadas pelos índios guaranis (talvez o DVD já esteja disponível).

Na aldeia, o IEZ será recebido pela Catarina e sua filha Fabíola, a cacique Lílian, o pajé Guaíra, e a cacique Dora Dina e sua filha Itamirim. O IEZ também já convidou amigos da secretaria de Educação e Cultura de Santos e das Ciências da Universidade São Camilo.

Cada participante interessado poderá ir com o seu próprio carro ou quem não estiver de carro poderá pegar uma carona. O ponto de encontro do pessoal do IEZ será no Café da Villa, do César, no Pátio Totó Mendes, no centro de Itanhaém, às 9 horas.

Visita à Funai – O IEZ e a ACAI também fizeram uma visita à sede da Funai, em Itanhaém, nesta quarta-feira, dia 24. A visita teve o objetivo de formalizar o convite para a participação da Funai no seminário do IEZ que acontecerá em setembro. O escritório da Funai para o Sudeste mudou da cidade de Bauru para Itanhaém.   

“Aperreio” é mostrado no Congresso Brasileiro de Folclore

O documentário "Aperreio", com direção de Doty Luz (secretário de Ecologia e Sustentabilidade do IEZ) e Humberto Capucci, foi exibido na mostra audiovisual etnográfica “Olhares que se cruzam”, na programação do XV Congresso Brasileiro de Folclore 2011, no período de 11 a 15 de julho, em São José dos Campos.

O documentário “Aperreio” também foi selecionado na mostra competitiva do mais importante festival de curtas-metragens do país, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo 2011.

Atualmente produzindo o documentário caiçarada em parceria com a Fundação Florestal do Estado de São Paulo.

Nayara Martins

O Herbicida sistemico conhecido como mata-mato e seus efeitos nocivos

O mata-mato é um herbicida sistemico que tem a funcionabilidade de erradicar as ervas-daninhas combatidas por muitos proprietários rurais e urbanos. Entretanto, não obstante esse herbicida eliminar o mato, sua eficácia vai além das pequenas plantas e capins indesejados. Ao ser despejado no meio ambiente, o veneno atua diretamente na integridade física dos animais e pequenos pássaros. O joão-de-barro, canários da terra, pardais, entre outros, que costumam se alimentar das sementes, desaparecem após ingerir o produto contaminado. Em Peruíbe, até mesmo a Rua Ambientalista Ernesto Zwarg sofreu essa agreção ambiental, por efeitos da terceirização dos serviços públicos de limpeza do mato das ruas, conforme demonstra a imagem. A natureza padece indiscriminadamente por aqueles que tem o dever de zelar pela proteção do eco-sistema.
Itamar Zwarg
Presidente

IEZ

Festa do Peixinho Quente acontece sábado no Baixio

A Festa do Peixinho Quente, um evento voltado aos pescadores e filhos de pescadores do Baixio, acontece neste sábado, dia 6/8, a partir das 15 horas, no Baixio.

Já estão programadas diversas atividades lúdicas, como oficinas com material reciclável, exposição de educação ambiental, teatro, música ao vivo, lanche com cachorro quente e refrigerante e doação de agasalhos, vindos da campanha do agasalho da loja Regatta, de São Paulo, para pescadores pré-cadastrados no evento. Além de palestras para as crianças sobre animais marinhos, pássaros, ilhas, rio e lixo. Haverá ainda o cadastro dos pescadores e suas famílias.

A Diretoria de Agricultura da Prefeitura também irá apresentar alguns projetos para os pescadores, mostrando o trabalho voltado à comunidade pesqueira.    

O evento conta com o apoio do ICMBio, ONG Vivamar, Ecosurfi, IEZ, Birutas, AMIBRA, Prefeitura de Itanhaém e Regatta.

IEZ realiza caminhada a pé para Iguape

   

No sábado, dia 30 de julho, o Instituto Ernesto Zwarg – IEZ realizou uma caminhada a pé de Peruíbe a Iguape, resgatando a tradição iniciada no final dos anos 60 pelo ambientalista Ernesto Zwarg. Na época, as caminhadas eram feitas por caiçaras religiosos à Festa de Bom Jesus de Iguape e também como forma de protesto contra a instalação de usinas atômicas e a especulação imobiliária, pois a intenção era de construir um condomínio e um resort na região da Jureia-Itatins.  

A caminhada, de aproximadamente 9 horas e 30 km de percurso, teve a participação de 29 pessoas que foram acompanhadas por três guias cadastrados na Secretaria de Meio Ambiente. Além de aproveitar o belo visual da serra da Jureia, o grupo também contou com a presença de dois biólogos e dois veterinários especialistas em fauna silvestre, que proporcionaram aos participantes uma verdadeira aula pratica sobre a fauna e a flora de uma das mais ricas biodiversidades do planeta, reserva da biosfera e remanescente da Mata Atlântica. Durante o trajeto foi feita a análise da origem do lixo marinho encontrado, em parte despejado pelas embarcações e trazido pelas correntes marinhas e também deixado pelas populações ribeirinhas no rio Ribeira de Iguape.   

A caminhada teve início às 8h30, após a travessia do rio Una do Prelado, no bairro Barra do Una, em Peruíbe, e seguiu pela praia do Una até o morro do Grajaúna, passando pelo antigo cemitério indígena caiçara, instalado junto ao local do encontro da imagem de Bom Jesus de Iguape, no século XVII, em 1642, fato que deu origem à segunda maior peregrinação do Estado. 

Na trilha paralela à praia, o grupo pode avistar dois bandos de macacos-prego, roedores silvestres, jacus-guaçus, surucuás e diversos pássaros de pequeno porte, além da vegetação típica de jundú e a exuberante mata atlântica primária. 

Após passar pelo Grajaúna e no morro do Itacolomy, o grupo observou as profundas prospecções de estudos geológicos realizadas pela Nuclebrás, durante o governo militar, para a instalação de uma das quatro usinas atômicas do projeto nuclear brasileiro, previstas para a região. Do alto do morro, se avistou a praia do Itacolomy, a praia do Rio Verde, e o deslumbrante Maciço da Jureia, envolto por nuvens que traziam chuvas ocasionais. Na trilha foram vistas, ainda, algumas pegadas recentes de um mamífero de grande porte.     

A travessia do Rio Verde foi feita por barco, já que, no momento da passagem do grupo, a maré estava alta. Na praia do Rio Verde, junto à foz, foram encontrados restos de tartarugas e de mamíferos marinhos. Na trilha de 4 km que atravessa a serra rumo à praia da Jureia, o grupo encontrou um macaco-prego que cruzou a trilha entre os caminhantes. Em diversos pontos da trilha há grandes pedras colocadas por escravos para facilitar a subida. No meio do percurso da serra há uma bela cachoeira, onde a imagem do Bom Jesus de Iguape foi lavada pelos caiçaras que a encontraram para a sua dessalinização.          

Durante o trajeto, e principalmente na trilha da serra da Jureia, o grupo pode ver os postes do telégrafo fabricados pela empresa inglesa Siemens, por encomenda do imperador Dom Pedro II, para a comunicação durante a Guerra do Paraguai – daí surgiu o nome “Caminho do Imperador”. Mas a trilha é muito mais antiga: bem antes da guerra do Paraguai e do encontro da imagem do Bom Jesus, a trilha já era utilizada pelos correios de “El Rey”, os antigos carteiros do reino de Portugal que viajavam a pé pelo litoral sul paulista, de São Vicente a Cananéia, entregando correspondências.          

Entretanto, alguns pesquisadores afirmam ser essa antiga trilha um ramal do milenar “Caminho do Peabirú” ou “Caminho de Pai Sumé”, entidade legendária identificada com a figura de São Tomé, que ligava o oceano Pacífico ao Atlântico e utilizada pelos incas e tupi-guaranis para o intercâmbio e troca de mercadorias. Esse ramal ligava os portos de São Vicente a Cananéia, os dois extremos do milenar caminho indígena.      

Ao final da caminhada, devido à maré alta, os caminhantes tiveram que percorrer mais três quilômetros, na praia da Jureia, até alcançar o caminhão que os levou até Barra do Ribeira, onde passaram a noite. Durante o percurso, o grupo entoou as canções dos “Cancioneiros do Litoral”, dos irmãos Ernesto, Bruno e Ascendino Zwarg.

No domingo, 31, o grupo foi até Iguape e se reuniu em frente à Basílica de Iguape, para prestar homenagem ao saudoso ambientalista Ernesto Zwarg - que completaria 86 anos no dia 29/7, e também visitar a imagem do Bom Jesus de Iguape.       

Texto: Nayara Martins e Marcio Zwarg  

Novos cursos profissionalizantes começam em agosto

O biólogo e professor Renato Navilli, secretário de educação ambiental do IEZ, estará organizando novas turmas de alunos para os cursos de Fisiologia e Anatomia Humana e de Meio Ambiente. Os dois cursos estão previstos para começar em agosto, na Colisul/Facsul, e são de curta duração.

No curso de Fisiologia e Anatomia Humana, os alunos poderão conhecer todos os sistemas do corpo humano, as doenças mais comuns e as mais raras que afetam a população, além de ter noções básicas de primeiros socorros e higiene pessoal e ambiental. E ainda as novidades sobre clonagem, transgênicos e engenharia genética.    

O curso é de 60 horas com certificado. As aulas devem acontecer uma vez por semana (tarde ou noite), na Colisul/Facsul. O custo é de R$ 180,00 (à vista) ou em 4 parcelas de R$ 50,00.

Já para o curso de Meio Ambiente estão programados quatro módulos: meio ambiente em foco; o que trata a educação ambiental; meio ambiente e cidadania e impactos ambientais globais. Haverá ainda aulas praticas.     

O curso é de 55 horas com certificado. As aulas também serão uma vez por semana (tarde/noite) na Colisul/Facsul. O custo é de R$ 150,00 (à vista) ou em 4 parcelas de R$ 40,00.

Inscrições - Os interessados devem entrar em contato com Renato Navilli por email renato_navilli@yahoo.com.br  ou através do celular (13) 9722.4581.   

O Instituto Ernesto Zwarg - IEZ está apoiando a realização desses cursos. 

Nayara Martins